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22 de abril de 1500: oficialmente, o Brasil é "achado" pelos portugueses

Por Enio Lins 22/04/2024

Desde que Cristóvão Colombo, oficialmente, provou que existiam margens seguras ao leste das margens europeias do Oceano Atlântico, explodiu uma corrida para o “Novo Mundo” e as duas nações que mais se empenharam para descobrir e tomar posse dessas terras além-mar foram Espanha e Portugal. Colombo, antes de embarcar na aventura, propôs o projeto à coroa portuguesa, que o desdenhou, forçando-o a buscar apoio no reino espanhol, que acreditou na iniciativa – e o resultado foi a descoberta oficial de um novo continente que em seguida seria batizado com o nome de outro aventureiro, Américo Vespúcio.
BRIGA PELO MAR

Portugal, no final dos anos 1400 era uma das três principais potências marítimas da Europa, com seus navios vencendo os principais desafios do “mar-oceano”. Inglaterra e Espanha eram as duas outras rivais dos portugueses na desenvoltura sobre as ondas, e ambas muito mais poderosas militar e economicamente que o reino português, mas Lisboa botava quente na exploração das rotas marítimas. Em 1492, entretanto, vacilara e a Espanha fizera o gol da descoberta do “Novo Mundo” (caminho extraoficialmente conhecido por navegadores nórdicos, mas não registrado).
SEU CABRAL EMBARCADO

Oito anos depois do descobrimento da América pela Espanha, Portugal despachou uma pequena esquadra sob o comando de Pedro Álvares Cabral para empatar o jogo. Em verdade, rezam as crônicas da época que a rota para o futuro Brasil já era conhecida, e os aventureiros espanhóis Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe já teriam lançado suas âncoras nas praias hoje brasileiras, mas sem marcar isso com o devido registro oficial. “Fazendo de conta” que iriam contornar a África - e para isso, obviamente, tomar o rumo do Sul), Pedr’Alvares singrou reto, desde a partida de Lisboa, para o Leste, até topar com o vasto território batizado em seguida como “Terra de Santa Cruz e/ou Vera Cruz”, mas logo chamado pelos marinheiros de "Brasil". O achamento foi assinalado como acontecido no dia 22 de abril de 1500, em ata lavrada e assinada por Pero Vaz de Caminha, o repórter que acompanhava a excursão.

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