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A fuga das galinhas verdes segue em cartaz, afrontando a Lei e a Ordem
RIDÍCULO, COVARDE E PERIGOSO: o bolsonarismo é o somatório dessas três características. E só não é mais perigoso porque é exacerbadamente covarde e ridículo, características que expõem seus integrantes a tropeços risíveis. Mas segue sendo a maior das ameaças ao Brasil pelo alto número de eleitores que consegue manter sob hipnose ideológica. A tentativa de fuga, desastrada, do condenado bolsonarista ex-todo-poderoso da Polícia Rodoviária Federal, é a mais recente comprovação dessa tríade de desqualidades comuns aos líderes mitômanos.
COM ALGUM PODER, o bolsonarismo se apresenta em chefes saudáveis, arrogantes, agressivos. Sob pressão, esses mesmos transformam-se em seres doentinhos, servis, chorosos. O condenado que comandou a PRF, cara cagada e cuspida do líder nazista Ernst Röhm (da SA), em seu fardamento acochado até a goela como uma pretensa vestimenta SS, irradiava disposição de mandar multidões aos crematórios. No dia 30 de outubro de 2022 determinou que a instituição que dirigia por nomeação presidencial do dito mito, intervisse escandalosamente no processo eleitoral impedindo que ônibus que faziam legalmente o transporte de eleitores alcançassem os locais de votação em áreas potencialmente favoráveis a Lula. Esse golpista truculento, ousado, se transformou numa rastejante e compungida criatura, mal-amanhada numa amarrotada camisetinha verde, armada com uma cartinha onde mentia afirmando-se portador de um tumor na alma que o impedia de falar e ouvir. Tentava o meliante fugir da lei, decolando do Paraguai com destino a El Salvador. Isto é o bolsonarismo em seu estado puro, sem filtros.
NÃO É MERO DETALHE como o condenado chegou ao Paraguai, e essas evidências estão sendo ocultas pela dita grande mídia por não expor a cumplicidade de parte da estrutura policial brasileira; neste caso, a do Estado de Santa Catarina. Vamos conferir o divulgado pela polícia e pela justiça: às 3 horas da manhã do dia 25, a tornozeleira eletrônica do apenado ficou sem sinal; às 13 horas, sumiu do mapa de vez; às 20 horas e nove minutos, 17 horas depois do equipamento ser violado, uma equipe da Polícia Penal de Santa Catarina foi até o endereço do condenado, e – tremenda surpresa!! – o bandido havia se escafedido. 24 horas depois de ter se livrado da tornozeleira, o delinquente foi detido (pelas autoridades paraguaias) quando tentava embarcar num voo para El Salvador no Aeroporto de Assunção. Se faz necessário agradecer à Polícia do Paraguai e abrir um bom inquérito para apurar a colaboração de policiais brasileiros na quase-fuga do citado presidiário.
OUTRO CONDENADO, entretanto, obteve sucesso, enramando para os Estados Unidos contado com preciosa colaboração – sobre a qual nem especulações existem na mídia (ele foi ajudado por policiais e/ou pelo crime organizado?) – de gente bem-posicionada. Condenado a 16 anos de cadeia, o hoje ex-delegado da Polícia Federal, ex-diretor-geral da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), ex-deputado federal, sumiu dos radares em setembro e reapareceu em solo americano em novembro, quando recebeu alegremente a família para desfrutar de uma pretendida boa vida estadunidense – que segue usufruindo apesar dele e de sua cúmplice (a esposa) estarem com as contas bancárias bloqueadas. Diz o bandido fugitivo que se mantém no bem-bom, entre Miami e Orlando, vendendo “cursos on-line”, que – pelo bloqueio das contas bancárias – devem estar sendo pagos com dinheiro vivo (que conversa da peste!).
ESTAS DUAS FUGAS, uma frustrada, outra vitoriosa, comprovam um elevado nível de infiltração do crime organizado bolsonarista na base do sistema policial brasileiro. Ocultas entre os grupos que, legitimamente, se posicionam como parte do eleitorado do mito, essa facção criminosa mantém-se viva e atuante numa uma teia de apoio aos delinquentes e condenados pelos mais variados crimes. Essa rede precisa ser investigada com rigor, mapeada e levada à barra da Justiça.

