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Alagoas, estrela melodiosa – assim canta Santa Cecília, padroeira da música

Por Enio Lins 19/11/2025

SEGUIREMOS NA ROTA de visitação aos temas culturais por mais uma edição. Amanhã, ou depois, a velha é má política voltará a pautar esta coluna – temas picantes e/ou picarescos, dramáticos e/ou tragicômicos, sempre estarão disponíveis. Isto posto, vamos a mais uma edição focada no trinômio Arte & Cultura & História.

AOS 115 ANOS DE EXISTÊNCIA
, a Sociedade Musical Filarmônica Santa Cecília, de Marechal Deodoro, fundada em 7 de setembro de 1910, rejuvenesceu-se e modernizou-se (mais uma vez) convertendo-se também em Ponto de Cultura, alargando sobremaneira seu espectro de atribuições. E para coroar a conclusão desse processo, realiza, desde segunda-feira, seu Festival de Música – um evento ceciliano, como orgulhosamente autodenominam-se seus integrantes e aderentes.

INFORMA O RELEASE CECILIANO: 
“Com programação iniciada na segunda-feira, o Festival de Música do Ponto de Cultura Santa Cecília envolveu workshops com o maestro Nogueira, alagoano radicado em Salvador, onde exerce o cargo de Diretor Musical da Timbalada, sendo especialista em novos formatos de harmonização entre percussão e sopro, método que traz para suas aulas neste evento formador. Na terça-feira, a pauta foi centrada nos ensaios conjuntos com a Orquestra Som do Nordeste, dirigida pelo maestro Rony Ferreira”. Isso, resumidamente, foi acontecido. Ações de formação musical. Mas o ponto alto será hoje, aberto ao público, nesta quarta-feira.

HOJE, QUARTA, 19, DAS 18 HORAS 
em diante, no Largo da Matriz, “no Centro Histórico de Marechal Deodoro, onde também está a sede da Santa Cecília, o som começa a ser derramado em grande estilo. Participam a Orquestra Jovem do IFAL Marechal Deodoro, três das filarmônicas deodorenses – Santa Rita dos Impossíveis, Santa Rita, Santa Cecília, além da visitante Euterpe São Benedito, sediada no município de Piaçabuçu, ribeira do São Francisco. A agenda se completa com apresentações das deodorenses Banda de Pífanos Esquenta Muié e da Fanfarra Terra dos Marechais. Finalizando, MC Tribo (do Jacintinho, Maceió), e a Orquestra Som do Nordeste”. Um programão em praça púbica. Vale a pena sair das cidades próximas, e rumar até Marechal Deodoro para assistir ao espetáculo.

WANISSE ELITA, PRESIDENTA
da Sociedade Musical Filarmônica Santa Cecília, através do texto distribuído à imprensa, explica: “o Festival de Música foi a forma mais expressiva e educativa escolhida para oficializar a criação do Ponto de Cultura, promovendo o intercâmbio artístico, a formação musical e um espetáculo diversificado em gêneros e grupos musicais”. E não se esquece de lembrar e salientar que o “projeto Ponto De Cultura Filarmônica Santa Cecília é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (MinC), operacionalizado pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult/AL), contemplado no Edital Padronizado chamamento público n° 01/2025, da Rede Estadual de Pontos de Cultura de Alagoas – Cultura Viva do Tamanho do Brasil! Fomento a Projetos Continuados de Pontos De Cultura”.

MARECHAL DEODORO
, urbe histórica às margens da Lagoa Manguaba e de seus canais, como se sabe, é um dos principais centros de formação musical do Brasil. De suas sete filarmônicas, todas funcionando diuturnamente como escolas de música, saem profissionais do mais alto nível, aptos para quaisquer bandas e orquestras em qualquer lugar do mundo. Duas dessas filarmônicas-escolas são centenárias: a Santa Cecília tem 115 anos e a Carlos Gomes 110 anos, o que atesta a profundidade e firmeza das raízes musicistas deodorenses – ou alagoenses, pois foram criadas quando o município ainda se chamava Alagoas. Resumindo: Filarmônica Santa Cecília, parabéns!

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