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Nassif: Renan Calheiros e a luta pela Democracia no Brasil

LUIS NASSIF, um dos maiores jornalistas brasileiros de todos os tempos, é uma referência profissional e cidadã em ética e competência. É igualmente craque como compositor e bandolinista. Pesquisador dedicado ao chorinho. Visitando Alagoas, em 2016, tocou com mestre Wellington Pinheiro num palco ao ar livre defronte à Casa da Aposentadoria, no Penedo. Afinado nas análises sobre economia e política, seus posicionamentos são reconhecidos como balizadores, diretos, fundamentados. No jornal eletrônico GGN, em 4 de outubro, ele publicou um artigo fundamental sobre Renan Calheiros.
“RENAN CALHEIROS, A RESISTÊNCIA DA LUTA DEMOCRÁTICA” é o título do texto de Nassif. Editado há uma dúzia de dias, prossegue atualíssimo. Desde as primeiras linhas, o articulista não se enreda em salamaleques, e se posiciona: “Sempre me chamou a atenção a dualidade de alguns chamados ‘coronéis’ do Nordeste, especialmente José Sarney e Renan Calheiros. Não saberia avaliar seu papel nos seus estados. Mas, ao longo de todo processo democrático, foram figuras centrais para garantir a estabilidade democrática, especialmente contra as ondas golpistas vindas do triângulo das Bermudas político, nas duas primeiras décadas do século – São Paulo – Rio de Janeiro – Distrito Federal”.
SOBRE SARNEY, Nassif relata: “por volta de 2008, quando já se articulava o golpe político-judicial contra Lula, houve uma campanha cerrada contra José Sarney, então presidente do Senado. Sempre tive muitas ressalvas em relação a Sarney, desde sua presidência, quando fui alvo de uma campanha inclemente de seu homem forte, Ministro Saulo Ramos (...). Mas em 2008, representava a resistência democrática. Assumi a defesa, não do político Sarney, mas do presidente do Senado, conforme sempre salientava em minhas matérias”. E volta ao mote: “Renan Calheiros é outro caso típico de chefe regional, mas com enorme responsabilidade institucional em relação à República. Desde sempre, foi alvo inclemente da mídia. Veja conduziu uma de suas campanhas odiosas. No período da Lava Jato, foi acusado de todas as formas, exposição de vida pessoal, denúncias de financiamento de campanha e uma extravagância do parcialíssimo Ministro Marco Aurélio de Mello, com uma medida cautelar visando afastá-lo da presidência do Senado, medida tão arbitrária que foi reformada pelo pleno do Supremo”.
“RENAN VIROU UM DOS ALVOS preferidos da Lava Jato”, relembra o jornalista. “O então PGR Roberto Gurgel, por exemplo, divulgou uma denúncia contra ele justamente no dia da votação da mesa do Senado, visando prejudicá-lo e beneficiar seu ex-colega procurador, o Senador Pedro Taques, um dos personagens que ascendeu beneficiado pela politização do Ministério Público Federal. Posteriormente, Renan foi absolvido de todas as acusações. A última delas caiu no relatório de Luiz Edson Fachin, profundamente ligado à Lava Jato, mas que não encontrou provas para condená-lo” (...) “Agora, Renan ocupa o cargo de presidente da Comissão de Assuntos Econômicos. É peça essencial de responsabilidade política, que acabou deixado de lado pela articulação política do governo Lula. Mas mostrou sua responsabilidade articulando a contraofensiva que permitiu a aprovação das medidas de isenção do imposto de renda, derrotando seu arqui-inimigo Arthur Lira”.
“TRATA-SE, HOJE EM DIA, de uma das reservas políticas na grande luta pela reinstitucionalização política do país”, conclui Nassif sobre o senador alagoano. Assino embaixo. Renan Calheiros é um guerreiro indispensável ao Brasil nas batalhas pela Democracia, e isso não é de hoje. No Congresso, como o mais calejado senador brasileiro, é insubstituível para a próxima legislatura. Resumi, mas é melhor ler o artigo na íntegra: https://jornalggn.com.br/politica/renan-calheiros-a-resistencia-da-luta-democratica/