28 de outubro de 30 – é a data mais ou menos oficial para a escolha de Pedro, antes chamado de Simão, como o primeiro líder supremo do Cristianismo. Na época, a hoje poderosa religião cristã era uma facção minoritária dentro do Judaísmo, e considerada pelos líderes e intérpretes dos Livros Sagrados (Torá) como uma seita herética.

Na mistura entre fatos e lendas e de calendários superpostos, não é simples entender como no ano 30 foi escolhido um líder para um grupo religioso cujo fundador morreu (e ressuscitou) no ano 33.

Mas fato é que, em suas décadas iniciais, o cristianismo era uma seita do Judaísmo, seus membros eram quase totalmente judeus étnicos e religiosos, e os não-judeus (gentios) que se convertessem obrigados a seguirem todas as recomendações mosaicas, o que, dentre outras exigências, obrigava aos aderentes masculinos à circuncisão (pequena cirurgia para retirada do prepúcio que, realizada em homens adultos num tempo onde a higiene pessoal era precária, era meio-caminho andado para a perda do pênis ou da vida por conta das infecções provocadas por tal ato). A pregação de Paulo, antes chamado Saulo, judeu que não havia conhecido Jesus e convertido ao cristianismo depois de muito combater as teses cristãs, é a verdadeira causadora da criação da Igreja Católica Apostólica Romana, ao conseguir (divergindo frontalmente de Pedro) a exclusão dos critérios judaicos para a inclusão de gentios na nova religião.

Entretanto, vale o registro da data de 27 de outubro de 30 como o marco de escolha do Pontífice Máximo para o Cristianismo, mesmo com todas as incongruências históricas. Afinal, é questão de fé. Amém.

Mais informações:
>>https://www.worldhistory.org/trans/pt/2-1785/separacao-do-cristianismo-do-judaismo/
>> https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_(ap%C3%B3stolo)