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ElonX contra a soberania brasileira, o tema da hora
Se intensifica a ofensiva do trilionário Elon Musk contra a Justiça brasileira. Dois motivos básicos levam o herdeiro de minas de esmeralda na África e detentor de, pelo menos, três cidadanias (sul-africana, estadunidense e canadense) a se desesperar: 1) os riscos de questionamento dalguns dos outros negócios que ele possui no país; 2) o risco de crescimento, no mundo, da tendência de combater o crime organizado informatizado com a responsabilização das redes sociais cúmplices dessas falcatruas.
ONDE ESTÁ O PROBLEMA?
Musk precisa provar que é inalcançável às leis nacionais. Nem tanto pelo X (ex-twitter), mas mais por outros interesses seus, esses estupidamente lucrativos, escandalosamente poderosos, e suspeitos de ilegalidades mil. É caso, especulado, do nível de infiltração (para usar um termo querido da turma de 64) nas forças armadas brasileiras. Uma das empresas registradas sua propriedade, a Starlink fornece serviços de última geração da internet para áreas sem infraestrutura física usual (cabos, postes...) e, que, no governo passado, teria avançado enormemente no controle dos sistemas operacionais do Exército e da Marinha – e o novo governo não alterou esses contratos. A Starlink de Musk tem algo como 215 mil clientes no Brasil, inclusive algumas escolas públicas, incluídas nesse rol como “generosidade”, numa jogada de marketing para amenizar o escândalo que é uma única empresa estrangeira ter (ou planejar ter) o controle de alguns dos mais importantes serviços informatizados das forças armadas. É estupidez imaginar que nenhum grupo internacional possa participar desses procedimentos, mas é criminoso concentrar sistemas estratégicos militares na mão de uma só empresa. E tem mais coisas estratégicas nos bolsos de Musk.
ALÉM DAS REDES SOCIAIS
Por sua ação de varredura na Amazônia, a Starlink possui total informação sobre as jazidas ali contidas de minerais essenciais para as altas tecnologias. Minérios esses vitais para a Tesla e a SpaceX, outras megaempresas de Elon. A SpaceX, mais conhecida por ser a primeira operadora turística para roteiros extraterrestres, é o maior empreendimento aeroespacial privado, descolado das obrigações legais de estruturas como a NASA, por exemplo. Salvo melhor juízo, as novas empresas do afoito e jovem empresário estão, todas, ligadas aos velhos projetos de dominação mundial. Lembram-se do papel da Companhia das Índias Orientais e sua guerra para impor aos chineses o consumo livre do ópio (entre 1839 e 1860)? Ali foi a base de dominação dos europeus sobre os asiáticos durante mais de um século. Pois entre os opiáceos contemporâneos mais impactantes estão as redes sociais. E aí entra, como cereja do bolo, a compra do Twitter e sua transformação no X, iniciativa na qual Musk fez um desembolso de US$ 44 bilhões (em 2022), injustificável como negócio, mas compreensível apenas como operação destinada a outros objetivos que não recuperar o investido e/ou ganhar mais algum dinheiro.
Está certíssima a Justiça em exigir a aplicação das leis brasileiras ao X. E precisa ir adiante, expandindo (para além de multas simbólicas) as obrigações legais, constitucionais, às demais empresas registradas no Brasil em nome de Elon Musk. E sobre a novela do ex-Twitter e as liberdades de opinião e imprensa, aguardem novo capítulo amanhã, neste mesmo horário e canal.