Com o nome de Vila Madalena do Sumaúma, a povoação teve seu registro em 5 de agosto de 1591, como sede de uma sesmaria com cinco léguas de litoral (entre Pajuçara e Porto do Francês), sete léguas de frente a fundo no sentido “sertão” e mais quatro léguas da boca do rio Paraíba do Meio. Diogo Soares da Cunha (nalguns textos figura o nome de Diogo de Melo Castro) era o ganhador da nova e imensa gleba. Naquele tempo, Portugal tinha perdido a independência e estava sob submissão ao reino da Espanha, cujo rei era o espanhol Felipe I.

A rebelião de 1839

Em 1636, mudou de nome para Vila Santa Madalena da Alagoa do Sul. E, quando Alagoas conquistou sua emancipação de Pernambuco, a cidade, agora com o nome de Vila de Alagoas, passou a ser a capital da nova capitania. Em 1839, perde o posto de capital para Maceió, o que provoca uma grande sublevação dos alagoenses – sublevação essa que, derrotada, leva à prisão seu líder militar, o Major Manuel da Fonseca.

Os Fonseca

Dona Rosa da Fonseca e seu marido, o Major Manuel, tinham – em 1839 – nove filhos (sete homens e duas mulheres). Com o malogro da revolta alagoense, o oficial revoltoso se entrega e segue para julgamento na capital do Império, onde passa uns meses na cadeia até ser absolvido, conforme tradição de mão suave da justiça militar brasileira para com os oficiais transgressores. Dona Rosa muda-se, com a mãe e seus filhos, para o Rio de Janeiro. Enquanto isso, os sete filhos homens ingressam na Escola Militar. Livre, leve e solto, o Major Manuel cumpre mais uma vez seu dever cívico e Dona Rosa engravida, parindo em 11 de setembro de 1845 sua derradeira cria, Afonso Aurélio, o primeiro nascido longe da Lagoa Manguaba. Em 10 de junho de 2016, no governo da presidenta Dilma Rousseff, Dona Rosa da Fonseca foi oficializada como “Patrona da Família Militar Brasileira” e a data de seu nascimento, 18 de setembro, instituído como o “Dia da Família Militar”.

O proclamador

Deodoro da Fonseca foi o terceiro filho de Dona Rosa e Major Manuel, e nasceu no ano de 1817, no dia de aniversário de sua cidade natal: 5 de agosto. Dos filhos homens do casal, todos seguiram carreira militar, três morreram nos combates da Guerra do Paraguai (Major Eduardo, Capitão Hipólito e o Alferes Afonso) e dois foram feridos com gravidade (Hermes e Deodoro). Dona Rosa da Fonseca foi escolhida, em 20xx, como Patrona da Família Militar Brasileira. E Deodoro dispensa mais explicações, por óbvio. Em 9 de novembro de 1939, a cidade de Alagoas muda novamente seu nome, passando a se chamar de Marechal Deodoro.

https://www.historiadealagoas.com.br/manoel-mendes-da-fonseca.html
https://www.historiadealagoas.com.br/uma-mae-alagoana-na-historia-do-brasil-d-rosa-da-fonseca.html
https://www.marechaldeodoro.al.gov.br/a-cidade/historia/