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20 de novembro: em 1695, Zumbi é declarado morto

Por Enio Lins 20/11/2023

20 de novembro de 1695 – Registrado o assassinato de Zumbi dos Palmares e mais quatro quilombolas, quase dois anos depois da destruição do mocambo Cerca Real dos Macacos (por Domingos Jorge Velho e sua milícia).

Em 6 de fevereiro de 1694, sobre as cinzas do povoado tido como a capital do grande quilombo, na área no atual município alagoano de União dos Palmares, Domingos Jorge Velho relatou a morte de Zumbi como suicídio, após o líder quilombola ficar cercado no alto de um dos penhascos da Serra da Barriga. Teria se atirado no abismo para não ser aprisionado. O corpo não foi encontrado.

As pessoas negras, quilombolas que sobreviveram à batalha final, foram devolvidas à escravidão e, para evitar o espalhamento da memória do quilombo em terras brasileiras, o governo colonial as exportou para o Caribe, para onde levaram o sonho da liberdade e as lendas de um ser que volta da morte: Zumbi.

Em 20 de novembro de 1695, André Furtado de Mendonça (mercenário que havia participado das tropas de Domingos Jorge Velho) relatou ao governo colonial que, naquela data, teria emboscado e morto Zumbi numa área conhecida como Sumidouro da Serra Dois Irmãos, no atual município alagoano de Viçosa.

Mendonça aprisionou (em Penedo) um sobrevivente do quilombo, Manoel – e este dedurou que o grande líder de Palmares estava vivo e, em troca da própria vida, levou a tropa até o esconderijo. O relato diz que Zumbi lutou até à morte. Sua cabeça, decapitada, foi levada até a cidade do Recife, onde ficou exposta em praça pública.

Última referência documental sobre Zumbi, a data de 20 de novembro de 1695 foi escolhida para simbolizar a saga do Quilombo dos Palmares e institucionalizada como o Dia Nacional da Consciência Negra.

https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/zumbi-dos-palmares.htm

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