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17 de setembro: em 1971, o capitão Lamarca é assassinado

Por Enio Lins 17/09/2023

17 de setembro de 1971 – Assassinado, no sertão da Bahia, o capitão Carlos Lamarca, considerado o melhor atirador do Exército brasileiro e que havia abandonado a farda, em 1969, para lutar contra a ditadura militar implantada com o golpe de 1964.


Diz-nos a nada esquerdista Wikipédia: “Elevado à condição de ícone revolucionário do socialismo e da esquerda brasileira, foi condenado pelo Superior Tribunal Militar como traidor e desertor e considerado seu principal inimigo. Caçado pelas forças de segurança por todo o país, ele comandou diversos assaltos a bancos, montou um foco guerrilheiro na região do Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo e liderou o grupo que sequestrou o embaixador suíço Giovanni Bucher no Rio, em 1970, em troca da libertação de 70 presos políticos”.


Com apenas 34 incompletos, Lamarca entrou para história com um grande personagem que sacrificou a carreira e a vida numa guerra em condições extremamente desfavoráveis contra uma estrutura ditatorial-militar-criminosa. Durante dois anos de combate venceu batalhas tidas como impossíveis, como romper o poderoso cerco montado pelo Exército contra ele no Vale do Ribeira. Longe de ser perfeito, cometeu erros de concepção estratégica (entendimento do processo revolucionário), tática (ações de “expropriações”) e avaliação política (correlação de forças naquela conjuntura. Para a direita, um “traidor” e “terrorista”; para a esquerda, um herói e exemplo de sacrifício.

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