9 de junho de 68 – Nero, imperador romano, morre – por suicídio, segundo a maioria das crônicas – encerrando um reinado considerado tumultuado e violento, sendo substituído por outro tempo igualmente tumultuado e violento.

As fontes são precárias e passionais, embora a maioria seja “do contra” e relate Nero como um imperador exótico e violento, ligado às artes, porém de escasso talento. Há cerco consenso em sua política cruel de combate aos cristãos, crença que crescia exponencialmente desde a morte de um judeu chamado Jesus, no ano 33.

Não existe consenso sobre a participação de Nero no famoso incêndio de Roma, desastre (provavelmente provocado) que consumiu parte da magnífica cidade. Uns o acusam de ter sido o incendiário e de ter tocado lira enquanto as chamas comiam a urbe, outras crônicas asseguram que ele não estava na cidade e voltara para socorrer as pessoas desabrigadas.

Mas o certo é que a cidade eterna foi reconstruída com mais beleza que o formato (também belo) calcinado durante o fogaréu durante os dias 18 e 19 de julho de 64. Essa repaginada romana, em alto estilo, seria uma das bases para a suspeita do dedo de Nero no incêndio, pois teve gente que achou que o imperador azuado queria mesmo fazer uma nova urbe com a arquitetura do gosto dele.

Ao fim e ao cabo, Nero passou à eternidade histórica como um dos imperadores romanos mais famosos, mais exóticos e mais mortais. Reinou por 13 anos e sete meses, desde 13 de outubro do ano 54, manteve a unidade do império e venceu várias revoltas até sua morte. A partir de seu fim, se inicia o “período dos quatro imperadores”, verdadeira guerra civil pelo poder.

Mais em https://brasilescola.uol.com.br/historiag/grande-incendio-roma.htm, https://pt.wikipedia.org/wiki/Nero